“E as notas em um diário vão lembrar, o que valeu a pena sonhar!”

O nosso encontro não foi turisticamente excitante ou cheio de lugares novos e aventuras, mas vale uma nota para relembrar o final de semana maravilhoso que passei com minhas amigas de longa data.
Floripa nos recebeu chuvosa, chegamos junto com uma frente fria, dificultando que desfrutássemos de tudo que a capital tem a nos oferecer, mas isso não diminuiu toda a diversão que teríamos juntas.
Fomos para um show, da nossa “ídola master” Paula Toller, sim... não somos mais adolescentes, mas velhos hábitos são difíceis de esquecer... então! O grupo dessa vez era composto por Aline, Livinha e Helô, nossa anfitriã. O Show aconteceu no P12, onde eu não ia desde o fatídico show de 2013 marcado pela bateria do Adal tocando dentro da minha cabeça e pelo final da banda da minha vida, da qual, no caso, a Paula Toller era a vocalista, o Kid Abelha.

Rolou uma promoção e se fosse possível eu escrever hoje a frase para participar da promoção que tinha como prêmio entrar no camarim, certamente eu venceria. Porque “a minha história já não cabe mais em mim” eu estou sofrendo os efeitos de ir ao show de um ídolo muito muito grande e por isso, estou Carol Toller desde domingo.

Assim que chegamos fomos comer... sushi. Cheguei já era quase meio dia e elas estavam me aguardando na rodoviária. Do sushi fomos conhecer a tia Arlete e o tio Pudim, mãe e pai de Helô. Minha amizade com Livinha e Helô vem de longínquos sábados à tarde jogando stop, ou de sábados à noite falando sobre Kid Abelha, em nossos saudosos janelões e desde aquele tempo ouço falar neles, os pais da Helô. A mãe da Helô quase pirou com nossa primeira viagem interestadual em 2007 para o show da Paula – isso que ela nem sabe de nossos planos secretos de dormir em um mercado 24hrs. Ela é ainda mais legal do que aparentava. Foi lá que descobrimo
s da onde vem a contracapa do CD Transbordada.
Nossa viagem foi marcada por bordões como “Lá no Canadá” ou “Lá em New York”, “o B Morreu”, por um encontro no Hortifrutti e por intervenções “a la” Jogos Vorazes, já que eu estava completamente nessa onda.
Da casa da mãe de Helô fomos direto para a Lagoinha do Norte – ou um outro ponto cardeal, fico confusa – onde dormiríamos depois. Nos arrumamos e seguimos para o luxo, para o P12 em Jurerê Internacional.

Não entrarei em muitos detalhes quanto ao show, mas algumas coisas eu me obrigo a falar. Eu adorei, dancei e é incrível como eu não consigo deixar “toda essa magia passar batida”. Fico em estado de êxtase toda vez que estou a alguns metros dessa que é um ícone em minha vida. Pago pau mesmo, ter um sonho, ter algo tão surreal ali, bem na minha frente sempre faz eu ficar encantada, embasbacada e achar tudo perfeito. Eu jurava que ia rolar um camarim, mas isso não aconteceu e eu me arrependi horrores por não ter participado daquela maldita promoção. Fiquei bem triste e frustrada. Confesso também que “Pintura Intima” sem sax ficou meio broxada, mas todas as outras músicas do disco novo compensaram, se for para nunca mais ter Kid que pelo menos a Paula continue com composições deste nível. No show encontramos Ciça, sempre muito querida e atenciosa. 
O final da noite quase terminou em pizza e Luciano nos acompanhou. Eu estava com o pavio curto e já passei da idade de ouvir certas coisas, então foi difícil me conter em alguns momentos, logo... entre mortos e feridos salvaram-se todos.
A noite guardava mais risos e tosses.
De manhã tomamos um café delicioso preparado pela Helô, que certamente aprendeu a fazer isso no Canadá. E, enquanto eu tomava banho, o destino de Luciano se decidia. Após Helô deixá-lo na rodoviária – pois ele tinha muitos trabalhos para fazer – decidimos que pelo menos a Lagoa e Joaquina “Wikiki”, Livinha deveria conhecer. Antes simulamos um incrível diálogo no hortifrutti, que rendeu boas risadas.
“Depois da Chuva na Lagoa”, resolvemos que mesmo que ela voltasse estaríamos lá e apesar dela, a vista do mirante ainda continuava linda. Vista linda e asfalto escorregadio, quase que o sonho acabou, mas não era a nossa hora. Huahua

Na Joaquina ajudamos uma gringa – com nosso conhecimento da América do Norte – e na Lagoa comemos tapioca. O playlist do bar era muito bom e quando tocou “Casinha de Sapê” uma comemoração semelhante a de um gol em uma final de Copa tomou conta de nossa mesa, assustamos os garçons, mas foi tão espontâneo que a única coisa que conseguíamos fazer depois foi rir.

Já estava caindo “a tarde na montanha” ok... parei... eu já sentia “um ar de domingo”... ops... bom, o dia já estava quase no fim quando Helô deveria nos despachar, eu na rodoviária e as nossas pequenas no aeroporto. Mais uma vez vou cair naquele velho título de um álbum do finado Orkut “Os amigos que o Kid me deu”... É incrível a maneira como todos nós nos conhecemos e é incrível que a gente siga nossa vida, corra atrás de nossos sonhos, tenha nossas conquistas e frustrações, mas sempre teremos nossas vidas interligadas por esse amor e por outras afinidades que foram surgindo nessa quase uma década de amizade.

“Mas deixa as contas que no fim das contas é ver se entende minha pressa, minha distração, minha fixação. A hora é essa. A cada madrugada, a virada que aprendemos a fazer, porque nos foi dado viver ao mesmo tempo, nesse tempo, nessa era.” Kid Abelha. 












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