Óhh Minas Gerais, quem te conhece
não esquece jamais...
Estendo essa frase também aos
mineiros, pois, por experiência própria, quem os conhece não os esquece jamais...
E eu jamais esqueço a minha família mineira, que me proporcionou belíssimos
momentos nessa viagem.
Quem me conhece bem sabe o ano de
2009 não foi nada bom para mim, digo até que foi o pior ano de minha vida, pois
vi meu pai se findar em cima de uma cama e me decepcionei muito com uma pessoa
que eu amava demais. Pra resumir, após uma viagem para Laguna, na tentativa de
esquecer os pesadelos constantes que o ano de 2009 me deu, eu passei o mês de
janeiro de 2010 inteiro sem dormir a noite, tendo apenas breves cochilos entre
as 8 e 12 da manhã. Eu estava em um estado nunca antes visto, emagreci vários
quilos, fora o meu emocional que estava abaladíssimo.


07/02 – Tiradentes e São João Del
Rey




Algumas das Igrejas que conheci
em Minas: Igreja da Nossa Senhora do Pilar, acho que a maior de todas e a mais
cheia de ouro; Igreja Nossa Senhora do Carmo, fica em frente ao Sobrado dos
Neves; Igreja Nossa Senhora do Mercês, essa tem uma lenda sobre suas
escadarias, segundo nosso guia muitos noivos fugiam ao longo da escadaria, que
era muito longa; Igreja de São Francisco de Assis, agora até fiquei em dúvida,
acho que essa é ainda maior do que a de Nossa Senhora do Pilar; Igreja Nossa
Senhora do Carmo; Igreja do Rosário, feita por escravos para que eles pudessem
frequentar. E mais algumas capelas e outras igrejas menores, que agora não
estou lembrando o nome, aliás, igreja em São João encontra-se uma a cada
esquina.
08/02 – Amigos da Rá e Selma
Como tive que esperar janeiro
passar, em fevereiro as aulas do cursinho da Rá já tinham retornado e ela, além
disso, estava tirando sua carteira de motorista, logo, ela tinha que arcar com
suas responsabilidades e graças a isso passei bastante tempo com Tia Márcia,
Iago e Cida, (pois se ela não tivesse aula, passaria a maior parte do tempo só com
ela). Com a Cida só consegui estabelecer contato no último dia, mas agora já
sei qual a abordagem correta para conversar com ela. Assistíamos a novela no
Vale a Pena Ver De Novo, que era “Alma Gêmea”. Eu, Iago, tia Márcia e Meg,
depois da novela, comíamos, conversamos e após a Rá chegar da aula a “noite era
uma criança” huahuahuahu.
Na segunda-feira fui conhecer os amigos da Rá,
eu me atrasei um pouco e não consegui pentear meu cabelo direito, acho que assustei
todo mundo. Depois disso fomos na casa da Pri, amiga querida de Raíssa, da qual
eu já tinha ouvido falar muito. Ramon foi conosco, outro de seus melhores
amigos do tempo de escola. E eu morria de rir, na verdade eu nem sabia do que
estava rindo, mas como todos mundo ria, eu ria junto, e ria muito...
huauhauhuha.
Depois disso, fui conhecer outro
ícone, um ícone carioca que na verdade já é quase barbacenense, a Doutora
Selma. Só Deus sabe o quanto eu já tinha ouvido falar dessa mulher, elogios não
faltavam e eu já a adorava antes mesmo de conhecê-la. Chegamos a casa dela e
como sou bicho do mato, eu não sabia o que fazer, estava quase morrendo de
vergonha, apesar da gente já ser quase íntima pela internet rsrsrs, devo dizer que falava-se tão bem dela, que eu
estava intimidada por conhecê-la, quando fui abraçá-la, ela sem querer me
empurrou em cima de um cocô e pronto, quebrou-se a cerimonia, eu não tinha
mais muito o que temer, afinal de contas estava literalmente toda cagada. Nem
chegamos a entrar na casa, a conversa foi curta, mas pude ver que tudo o que
tinha ouvido falar a seu respeito era a mais pura verdade.
09/02 – Amarulas Night

Fomos com a Tia Márica até o
supermercado comprar algumas coisas e passamos por uma prateleira que nos
chamou a atenção. Amarulaaaa, será que é bom? Tia Márcia chegou a nos mirar um
olhar de reprovação, mas não insistiu no ato, então fomos assistir o DVD do Kid
Abelha, o show do Morro da Urca e quando vimos a garrafa de Amarula tinha
acabado. A noite mais divertida ever, dançamos, tiramos fotos, fotos com a
Paula Toller na TV, fizemos vídeos, a Raíssa quase quebrou o lustre, além
disso, a pobre Rá sofria de uma cólica, segundo ela dilacerante, digna de
reclamações de Regina Duarte. Lembro que no meio de uma dança muito engraçada
Tia Márcia abriu a porta e eu quase morri de vergonha.
Risos intermináveis é a expressão
que define essa noite. Nada demais aconteceu, ficamos só em casa e foi
memorável e saudoso. Como bem se diz, com os melhores amigos podemos não fazer
nada e mesmo assim viver momentos mágicos.
10/02 – Boliche

À noite fomos ao Boliche e tive o
prazer de saborear uma das piores batatas fritas que já comi na vida, também
verifiquei minha total inaptidão para o boliche, não levo o menor jeito, mas
nos divertimos muito. Até tiramos uma foto no espelho do banheiro que
particularmente acho engraçadíssima.
11/02 - Piscina, Aula e depois
Guerra de Confetes
Dia cheio! Como era meu último a
Rá cabulou a autoescola e passamos a manhã toda na piscina, fazendo caras e
bocas para as fotos. Lembro que o Tio Mauro salvou uma mariposa de morrer
afogada, foi um gesto simples, mas ao mesmo tempo achei aquilo tão nobre, fez
eu o admirar ainda mais. Nadamos muito e por sorte já tinham inventado os
cartões de memórias, caso contrário, certamente ainda estaríamos pagando os
rolos de filmes fotográficos que teríamos gasto aquele dia.
Almoçamos e Raíssa me convenceu a
ir com ela para o cursinho. Chegando lá eu tinha uma estratégia formada... a de
ficar invisível. Todo mundo que me conhece sabe o quanto sou envergonhada, eu
chegava a ficar sem ar de pensar que poderiam ficar bravos de eu estar lá sendo
que nem sou aluna, ou pior ainda, morria com a possibilidade de algum professor
falar comigo durante a aula, como eu atraio vexames, adivinha o que aconteceu? Um
professor me chamou. Um professor adivinhe de que? De geografia. Ele no meio de
sua explicação estava fazendo perguntas aos alunos, e perguntou PRA CAROL, óbvio.
UAHUAHUA Mas como não sou fraca, respondi certo e na lata, mas só de pensar que
todo mundo me olhou, que me faltou ar, me faltou palavras por um segundo, chego
quase a reviver o momento e beirar um ataque.

Carol Pereira
4 Comentários
Já que todos os mineiros são inesquecíveis... Eis-me aqui. E, sem querer fazer inveja, com uma garrafa de Amarula. Vem, Carol.
ResponderExcluirPena que a ponte aérea AW/BQ é realmente inexistente, senão nesse momento eu pegaria o primeiro avião com destino a felicidade! HUAHUAHUHUAUHAUHUHAUHA
ResponderExcluirGostaria de deixar claro que nem tudo que é inesquecível é bom. Entendeu agora? =D
ResponderExcluirVocê está disperdisando sua veia literária.
ResponderExcluirColoca isso tudo num livro. Arranja alguém prá publicar que vc não vai mais parar de viajar e se encher de estórias prá contar.
Você não existe!!! Ri demais. Melhor não poderia ser, qtos detalhes....