2014 - New York

Voltando a New York
1º Dia

Voltar a New York era um sonho longe de se tornar realidade, mas existia.
Eu sempre pensava que demoraria alguns anos, mas certamente voltaria a por meus pés na Big Apple e isso acabou se tornando realidade muito mais rápido do que eu imaginei. Fui para New York participar de um simpósio de educação de um programa chamado Education for the future.  Aprendi bastante no seminário, foi muito proveitoso, mas como meu blog não é de educação vou dar mais ênfase aos pontos turísticos que visitei nessa minha segunda vez em New York.
Como não se apaixonar por essa cidade?  Se da primeira vez foi uma paixão avassaladora dessa vez virou amor. I love New York.
Agora tenho duas viagens distintas. Na de 2013 tudo era novo e eu estava afoita a conhecer tudo o que podia – o que não acho errado – já na deste ano eu tive que aprender a ser paciente, esperar e aproveitar ao máximo os momentos que tinha para turismo, afinal, eu estava lá para estudar e não para turistar. Outra diferença crucial entre as duas viagens foram às refeições, se na viagem de 2013 eu comia só no MC na deste ano eu me deliciei em ótimos restaurantes e tomei muitos vinhos.
Deu para estudar, aprender coisas novas e turistar, mas não nego que era bem complicado ter que prestar atenção nas palestras sabendo que NY estava atrás daquelas paredes me esperando.
O primeiro dia foi longo... e complicado. Fui para a Universidade de Columbia e as palestras giravam em torno de computação e jornalismo, tudo voltado para a educação.
Columbia é uma das oito universidades da Ivy Leagues - instituições de maior prestígio científico nos Estados Unidos -, as outras sendo Harvard, Princeton, Yale, Pensilvânia, Cornell, Dartmouth e Brown. A escola foi fundada no ano 1754 como King's College (Colégio do Rei). Poder estar em um lugar tão prestigiado quanto esse foi uma experiência maravilhosa e com certeza agregará algo a minha vida profissional.
Eu vinha de duas noites sem dormir praticamente nada, estava cansada e embora o fuso fosse de apenas duas horas eu não tinha tomado café da manhã e estava faminta. Devo admitir que tinha algumas dificuldades de concentração, mas era a fase de adaptação. Fomos almoçar quase às 3 da tarde (vale ressaltar que seriam 5 da tarde no Brasil) e eu estava prestes a desmaiar. Ah, preciso dizer também que os cardápios eram impossível para o meu inglês, logo nesse primeiro acabei comendo um sanduiche de Lula. Isso mesmo, de lula e para minha surpresa era surreal. Uma delícia!
Nesses primeiros dias ficamos hospedados no Brooklyn. Preciso comentar sobre o lugar onde ficamos. Sabem aquelas casas típicas do Brooklyn? Uma encostadinha na outra, em estilo Brownstone? Pois é, era bem assim. Em uma rua linda, super arborizada e com uma vizinhança típica do Brooklyn. Eu me sentia no seriado Everybody Hates Chris. Ficar em uma lugar assim permite com que a gente se integre mais com o local onde estamos, além disso tínhamos também um carro a nossa disposição, que podíamos usar para o que precisássemos, logo eu me sentia uma típica americana! 

Dia de turista 
2 º Dia

No segundo dia tivemos palestras pela manhã e depois fomos liberados para passear pela cidade. O dia foi simplesmente um máximo, cheio de pontos turísticos incríveis.

Para iniciar o dia de turismo que tal atravessar a Ponte do Brooklyn a pé? Foi o que fizemos! Nós e metade dos turistas que estavam em Manhattan aquele dia, pois a ponte estava lotada, tinha de tudo, desde turistas típicos daqueles que dão um passo e param para uma foto até ciclistas em meio a uma competição. No meio de tudo isso tinha até mesmo um casal de japoneses com trajes de casamento posando para um fotógrafo, uma loucura.
Minha relação com a travessia da ponte tem como maior empecilho o vento, que teima em soprar sem parar e fazer com que em todas as minhas fotos eu pareça uma alucinada com os cabelos bagunçados, mas recomendo o passeio a todos.

Ao chegarmos do outro lado da ponte nosso destino foi o Brooklyn Bridge Park, um lugar maravilhoso com uma vista surpreendente. De lá pode-se ver Manhattan, a estátua e toda a beleza da Brooklyn Bridge. O dia estava lindo o que rendeu ótimas fotos, inclusive, como sou uma regente babona de “Terceirão”, tirei uma foto lá com a camiseta da minha turma, pra mostrar que até em New York penso neles.
O parque é muito agradável e tranquilo. De lá pegamos um ferry até o Midtown. Estava meio impaciente para barcos – acho que por ter passado algumas horas fazendo um tour ao redor da ilha em 2013 – mas até que foi rápido e deu para contemplar a paisagem sem perder muito tempo.
Para o almoço tínhamos nos programado para ir ao 230 fifth – nesse momento já passava das 3 da tarde - mas como eu estava com a camiseta da minha turma precisava trocar de blusa e para isso fizemos uma parada para um Chopp, usar o banheiro e trocar de roupa. O local escolhido foi o Bar Rua, um pub irlandês super charmoso que fica na 3th avenida.

Roupa trocada, finalmente chegamos ao 230 fifth.  É um bar/restaurante no topo de um edifício na Fifth Avenue, um dos melhores rooftops de NY. A vista do roof para o Empire State torna este lugar por si só incrível. A bebida não é barata, assim como a comida. Mas vale muito a pena conhecer pelo local, o bar é sofisticado e a vista é das melhores. Vale a pena. Li alguns comentários sobre a noite e o local se tornar uma balada, mas não ficamos até esse ponto. Comemos uma batata frita e tomamos um vinho, o que achei super legal foi eles disponibilizarem uns roupões vermelhos de pelúcia para os clientes, devido ao frio.

Como estávamos praticamente o dia todo só com a batata do 230 fifth fomos até o Eataly para jantar. O lugar é um mercado fechado, onde é possível comprar frutas e outros alimentos, além de utensílios de cozinha, ele faz com que a gente se sinta na Itália – mesmo sem nunca ter estado lá, como é o meu caso rsrsrs. Lá também há restaurantes, como o de petiscos (queijos e frios), de massas, de crepe e muitos, mas muitos vinhos. O mercado não é muito grande, mas vale a pena tanto pela comida quanto pelo ambiente.
Do Eataly pegamos um táxi até a Times! Não tem um lugar onde você se sinta mais em New York do que na Times Square: muita gente, muitas luzes, vários idiomas, é a verdadeira energia da cidade.

Resultado das andanças do dia: fui obrigada a comprar um tênis e trocar de sapato no meio da rua, pois meus pés não aguentaram a maratona.

Dia perfeito!

3ª Dia 
Domingo é dia de parque

Como dizem, domingo é dia de parque... e é assim, mesmo nos Estados Unidos. Após um dia turistando em New York nosso destino foi Jackson em New Jersey, no Six Flags Great Adventure.
O Six Flags faz com que as Montanhas-Russas do Beto Carrero World se pareçam – me perdoem a analogia - com os carrinhos de trilhos que o seu Adão tinha em sua antiga serraria. O lugar é gigantesco e lá estão as maiores Montanhas-Russas que vi na vida!  
Depois de um certo salto de parapente tenho certeza que minha vó me deserdaria de vez, se visse as montanhas-russas que fui, então estou correndo riscos por contar tudo aqui, mas vamos lá.
O Six Flags Great Adventure é um dos muitos parques da rede Six Flags espalhados pelos EUA e fica na cidade de Jackson, em New Jersey, no meio do caminho entre a Philadelphia e New York City. Ele é famoso por várias coisas: primeiro por ser o maior da rede Six Flags e além do parque de diversões, ainda tem um parque aquático e um safári anexados a ele. No dia em que estive lá por ser próximo ao Halloween ele estava todo temático, com ums fonte no meio de um cemitério de onde vertia sangue e ao cair da noite com uma fumaça parecida com um nevoeiro e dezenas de zumbis perambulando pelo parque e aterrorizando os visitantes – isso me lembrou muito o “Thriller Nights Michael Jackson” que acontecia no Beto Carrero a alguns anos. O outro motivo e talvez o principal de o parque ser tão famoso é por causa de suas montanhas-russas INSANAS!

A mais famosa delas é a Kingda Ka, a montanha russa mais alta do mundo: 138 metros de altura, equivalente a um prédio de 40 andares, e os carrinhos “andam” a 204 quilômetros por hora! Há alguns meses, ela era também a mais rápida do mundo, mas agora perdeu o posto para um novo “monstro” construído em Abu Dhabi conhecido como Formula Rossa.

A Kingda Ka é tão famosa que até o National Geographic já fez um documentário sobre a sua construção, que parece inacreditável. Sua tecnologia foi construída pela NASA!
Tem também a El Toro, (Olê) que foi considerada e até premiada como a segunda melhor montanha-russa de madeira do mundo e é minha preferida! Eu pensei que ela fosse toda sossegada, porém ela chacoalha MUITO e é bem alta também. Rola bastante adrenalina e por causa dos chacoalhões, o medo ainda aumenta. Além de tudo isso a parte do parque onde ela se situa é linda, com um lago, um moinho d’agua, muito lindo mesmo.
As filas são imensas, por isso recomendo que comprem o full pass, que permite que a gente “fure” a fila e economize tempo.

Chegamos antes do meio dia ao parque e ficamos até as 23, que é a hora que fecha e não conseguimos ir em tudo. Na hora do almoço eu passei por um sufoco sem tamanho, fiquei terminando de almoçar sozinha enquanto eles foram comprar o full pass e acabamos nos desencontrando, na verdade, a fila estava imensa e não era onde eu pensava ser... pra finalizar, fiquei mais de uma hora – quase em prantos – esperando, achando que havia sido abandonada e o pior, sem dinheiro, sem passaporte e sem celular. Foram momentos tensos.
Outra super montanha é a  Superman Ultimate Flight, uma montanha-russa em que você vai deitado, inclusive nos loopings, parecendo com a pose do Superman voando! Achei MUITO BOA e dá uma sensação bem diferente! Quase todas as montanhas-russas do Six Flags são temáticas com super-heróis, achei isso bem legal!
O Batman possui 2 montanhas-russas com seu nome a “Batman The Ride” possui vários loopings e você só fica preso em cima, deixando os pés balançando. E a “The Dark Knight Coaster” que se parece mais um trem-fantasma com viradas bruscas e umas quedinhas.

Fomos também na Nitro e admito, morri de medo. A aposta da Nitro é em um conceito chamado de “Airtime”, ou “Tempo no Ar”. No mundo das atrações radicais, ele se refere aquela sensação de deixar o assento, como se estivéssemos voando. Para conseguir isso, a Nitro deixa de lado qualquer parafuso ou looping e se foca em subida e descidas uma atrás da outra. Nada de barras nos ombros ou por cima da cabeça; somente uma barra em T, sobre as pernas, dando a sensação de que não estamos completamente seguros na atração! EU TIVE MUITO MEDO e sai dizendo que nunca mais iria.
Adorei a Bizarro (antiga Medusa), cheia de efeitos especiais. O percurso dela é incrível, com muitos loopings. No início você fica ouvindo uma conversa do Superman com seu inimigo, o Bizarro, e durante a jornada eles te jogam água e tem umas explosões, em que você sente aquele calor! Ótima!
Além disso fomos conhecer a Skyway que também não deixa nada a desejar, mas depois de ter ido a tantas atrações radicais, não surpreendeu.
O parque é imenso e é preciso mesmo de um mapa para não se perder lá dentro, além das Montanhas-russas, tem todas as atrações que os parques temáticos possuem o que o torna uma boa opção para todas as idades.
O local também conta com uma praça de alimentação bastante ampla. Tem até sushi!
Foi lá também que comi a maior pipoca da minha vida, um exagero.
Bom, foi um domingo maravilhoso no Six Flags e após um passeio de bondinho para contemplar todo o parque voltamos para Manhattan, alias, para o Broklyn. Preciso comentar também que quando saimos do Broklyn para o Six Flags eu vi a maior concentração de judeu ortodoxo do planeta, era muito engraçado, parecia que eu tava no meio de um filme.

4º Dia
Borracha no museu

Na segunda pela manhã tínhamos palestras na Columbia University e um workshop que deveria ser realizado a partir de uma visita até o “The Metropolitan Museum of Art”, como a visita poderia acontecer a qualquer hora resolvemos dar uma volta pelo Central Park e almoçar no Morini.
Passear pelo Central Park no outono é lindo. Sou suspeita para falar, pois amo aquele parque e acho que ele deve ser lindo em qualquer estação, mas no outono tem toda aquela magia, tipo “outono em Nova Iorque”. Caminhamos por lá e é uma visão diferente não ver os lagos congelados e ver aquelas folhas secas pelo chão.
A pé mesmo seguimos até a Madson Square, para ter um dos melhores almoços da minha vida, no Morini. O restaurante fica perto do MET, fora da região de turistas, frequentado pelos moradores locais. Excelente atendimento, todos os pratos bem elaborados e saborosos. Ps: Não sei dizer o que comi, aliás como em muitas outras refeições, só sei dizer que estava uma delícia.
Os garçons foram muito atenciosos e como já mencionei, essa foi a viagem do vinho, tomamos muitos vinhos de alta qualidade e no Morini fomos convidados a uma degustação especial, de vinhos californianos. Um mais delicioso que o outro! Um verdadeiro banquete regado a bom vinho na Madson Square.
Você já foi a um Museu levemente “borracho”?
Pois bem, vale a experiência!
Como não poderia deixar de ser a parte do museu escolhida foi o Egito e eu, é claro, pirei! Moraria lá. Se eu já pirei com o acervo do Museu da Quinta da Boa vista imaginem o que aconteceu comigo no MET. O acervo é imenso. Lá descobri a razão da maioria dos rostos das estátuas egípcias estarem desfigurados.  Lá tem de tudo, esculturas, pinturas, gravuras e muito da arquitetura egípcia. Só imagino o que aconteceria comigo se colocasse meus pés no Egito. Ficamos apenas nessa parte do Museu, até ele fechar e sem dúvidas é um lugar onde preciso voltar em uma próxima viagem a NY.
Do MET fomos até a loja da Apple da 5ª avenida, em busca de um Iphone 6 – comprar um iphone lá é economicamente muito viável – mas lá descobrimos que para conseguir isso tinhamoms que ter chego de madrugada e pego uma senha, então tivemos que deixar para um próximo dia. Tentamos em outra loja da Apple – na do Grand Central Terminal, mas também não tivemos sorte.
Passamos na loja da Godiva e compramos alguns chocolates e para encerrar o dia fomos até o topo do Impire State Build. Da última vez que tinha estado em NY eu não subi, então tinha que viver essa experiência, o que devo admitir que foi um pouco frustrante. Os principais motivos para eu ter me frustrado foram: fila imensa, ficamos mais de 3 horas esperando para subir... estar escuro e eu não ter nenhuma foto boa por causa disso e a principal delas, o melhor da vista do Rockefeller Center é o Impire e obviamente, de cima do Impire essa vista não existe. Bom, se você for escolher entre quais dos dois visitar escolha sem sombra de dúvidas o Rockfeller!  


Últimos dias 

Saímos do Brooklyn e fomos para o Soho, foi dia de se despedir da nossa casa e de nossa neighborhood. Na terça tivemos muitas palestras mas no final do dia fomos liberados, deu pra fazer algumas compras e depois se arrumar para uma jantar no Hard Rock Café. Continuo com minha sina de não ter uma foto boa na times, mas não paro de tentar.

A noite no Hard Rock foi ótima, com comida e música de qualidade, mas o ponto alto da noite, foi quando estávamos indo para a times de metrô e uma louca, provavelmente drogada começou a criar confusão dentro de nosso vagão. A princípio ela tentou fumar e uma outra passageira não gostou da ideia, falou que ela não deveria fumar, então ela simplesmente fez o maior escândalo e colocou fogo em uns guardanapos, jogou uma espécie de cachecol no fogo e espalhou um pó branco que quero acreditar que fosse trigo pelo chão, isso tudo com o metrô andando. Eu estava apavorada até que um herói a peitou e apagou o fogo. Fiquei com muito medo, a mulher era maluca. Assim que o metrô parou ela desceu e entrou em outro vagão, chamamos o segurança e ele nos conduziu a um vagão novo e eis que encontramos novamente a maluca lá.
Fiquei com medo.
O último dia em New York foi o dia de ir em busca do meu Iphone, madrugar e entrar em uma longa fila para finalmente realizar meu desejo, achei um absurdo, mas me mantive lá! Depois que consegui comprar o tal celular, tomei café no Village. Fizemos check out e saímos a pé para o Midtown. Passamos pelo prédio que era locação de “Os caça fantasmas” e fomos até o Groud Zero, não entramos, mas pudemos ver que a construção ainda não está finalizada, o que segundo meu amigo é uma prova viva da recessão americana. De lá fomos até o Baterry Park, que tem uma boa vista da Estátua da Liberdade – que mais uma vez não visitei. Almoçamos no Les Halles, um restaurante charmoso com uma comida deliciosa. Não é muita comida como outros restaurantes da cidade, mas sendo de culinária francesa é de se esperar. Comida e vinho de excelente qualidade.
Chegada a hora de se despedir mais uma vez da cidade. Mais uma vez New York me encantou. Não consigo nem descrever o que sinto, a cidade jamais perderá o encanto e sempre estará na lista de cidades que quero visitar!

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