2012 - Niterói


Pleno mês de abril e eu já estava pisando novamente em solo fluminense.
Desta vez, como em tempos de outrora, eu estava indo ao Rio para um show do Kid Abelha, show da Gravação do DVD de 30 anos da banda. Um fato histórico, não é mesmo, minha gente? E de forma alguma eu poderia ficar de fora.
Rolou a promoção: "Faça parte do DVD de 30 anos do Kid Abelha", na qual tínhamos um minuto para falar por que a banda era importante em nossa vida e, como sabem, ninguém melhor que eu para falar isso, já que alguns dos meus melhores amigos conheci por causa da banda. E como era de se esperar (só que não), fui uma das vencedoras da promoção (mesmo sem ganhar eu já iria, mas é um fato que vale ser ressaltado)

27/04 –Partiu Nikiti
Tive um breve encontro com o Luciano no aeroporto de Floripa, mas, como nossas companhias aéreas eram diferentes e meu avião atrasou quase duas horas, eu só o vi novamente no dia do show. Quando cheguei ao Rio, aguardei alguns momentos a Raíssa ir me apanhar no Santos Dumont, e achei interessantíssimo ela demorar mais tempo de Niterói até o Rio do que eu, atravessando 4 estados. Após eu encontrar a Rá, resolvemos seguir a pé até a estação das barcas, quase morremos puxando a mala e rimos muito da situação. Logo chegamos a Niterói, comemos e voltamos para o Rio, para apanhar Paula, que estava vindo de BQ.
Paula é uma amiga da Raíssa (hoje posso dizer que é minha amiga também), elas estreitaram os laços de amizades em uma viagem que realizaram a NY no ano passado. A principio, tive uma antipatia imensa por Paula, pois na viagem da virada do ano eu tive que dividir a atenção da Rá com ela. Mesmo virtualmente, Paula esteve presente durante todos dos dias da viagem, hora por internet, hora por celular, mostrando pizzas, gatos, enfim... O fato é que eu estava morrendo de ciúmes da nova amiga da minha “Ermã”. Comecei o processo de “Abrandamento Cardíaco” (rsrs) quando conheci um o projeto “Tribuna Estudantil”, aplicado na escola onde ela trabalha, vejam bem, ela é professora e uma boa professora, aplicada, que se envolve, e isso começou a romper minha armadura. Ao longo desses 4 meses, (isso incluindo um carnaval que passamos juntas pela internet e todas as manhãs em que nos falamos, diretamente de nossas escolas) eu abrandei meu coração e comecei a ter vontade de conhecê-la, como ela também devia uma visita a casa da Rá em Niterói, resolvemos unir o útil ao agradável, e Paula marcou sua viagem pra época em que eu estaria no Rio.
Enquanto a esperávamos a Rá fez a unha, algumas pessoas ocuparam nossa mesa para terminarem o lanche, e meu CT completamente descoordenado queria entrar em ação, tive que gastar um real, mas paguei com gosto, afinal nunca se sabe quando em viagens ele funcionará novamente. O ônibus chegou e, antes de ela nos ver, nós a avistamos, eu estava nervosa, pois sempre fico quando vou conhecer alguém que conheço apenas da internet. Logo que a cumprimentei, percebi que ela tinha o meu cheiro, tive que perguntar qual perfume ela usava, nada a ver, mas foi a primeira coisa que me chamou a atenção. Tomamos um táxi e, finalmente, voltamos a Icaraí. Nesse momento eu acho que ainda tinha uma cerimônia básica, pois estávamos nos adaptando. Ao chegarmos encomendamos uma pizza, comemos, conversamos e fomos dormir.

28/04 – MAC e Show da Gravação

Apesar de já ter ido ao Rio de Janeiro inúmeras vezes, eu ainda não conhecia o MAC, então aproveitamos que nosso cronograma de passeios estava previsto apenas para Niterói e ocupamos nossa manhã de sábado visitando o Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Fiquei encantada com as exposições de dentes, sério, era uma coisa espetacular e me fez relembrar várias cenas da minha vida há tempos atrás.
Niemeyer nos proporcionou belas fotos com sua magnífica obra ao fundo. Descobri que não se deve mesmo colocar a mão em obras expostas em museus e que era impossível encontrar uma janela lateral lá. Após isso, resolvemos ir até o Plaza, a pé (Ideia nem tão boa assim). Fizemos uma parada para tirar fotos em uma ponte, muito bonitinha e aparentemente antiga, que levava até a espécie de uma ilha, pertinho do MAC, a ponte de Boa Viagem. Continuamos nossa saga, e após breve parada na UFF, seguimos até o Plaza, usando todo nosso repertório de hinos como trilha sonora.
Chegando ao Plaza, comemos, uma senhora sentou conosco, acho que ela gostou da gente, ou não. Após almoçarmos, tarefa difícil... Comprar uma roupa para eu ir até o show. Odeio comprar roupas, mas graças a minha mania de arrumar a mala na última hora, ao clima e a Cris, todos os meus possíveis looks para ir ao show estavam molhados, logo, eu não tinha roupa adequada. Pra variar, nada ficava bom em mim, quase morri indo de loja em loja, em busca da roupa perfeita. No final das contas, usei apenas uma blusa que comprei no shopping, pois ao chegar em casa percebi que as peças não combinavam entre si e, o pior, nada combinava com meus sapatos. Resumindo, minhas compras foram trágicas. Mas eu não precisei ir pelada ao show.
Paula e Raíssa me levaram até a rodoviária, onde esperamos por Wess, que havia sumido no mapa. Estávamos exaustas devido a nossa imensa caminhada de Icaraí até o Plaza, e eu estava faminta, além de ansiosa. Assim que o Wess chegou, seguimos de ônibus até a Barra, no meio do caminho percebi que tinha esquecido meu cartão em casa, e tinha apenas 10 reais comigo, entrei em pânico e percebi que sentiria sede aquela noite. Wess pagou minha outra passagem e tivemos uma conversa sobre porque eu achava que sempre moraria em Alfredo e tinha desistido do sonho de morar no Rio.
 Ao chegarmos, percebi que aquele mega encontro da comunidade não fazia nem cócegas perto desse encontro do Grupo (sim gente, comunidade do Orkut, grupo do Facebook, tempos modernos, não é mesmo, minha gente?). Era gente de todo canto... de todos os estados que se possa imaginar, velhos conhecidos e pessoas que nunca tinha visto. Quase cansei de cumprimentar gente na fila e, no final, eu estava me achando muito pop, pois conhecia todo mundo e, melhor, sinto carinho por muitos deles e tenho certeza de que eles também sentem por mim, logo, foi um momento bastante gostoso. Reencontrei muita gente que não via há um bocado de tempo.
Assim que abriram os portões, saímos em desespero e, graças as minhas longas pernas, eu estava bem colocada, e garantiria meu lugar na primeira fila, porém eu e Hugo trocamos nossos ingressos sem querer, e eu fiquei com o dele de estudante, nesse troca-troca de ingressos perdemos tempo, e perdemos também a primeira fila. Lá embaixo, perto do Palco, encontrei mais gente, e finalmente avistei minhas MP’s Aline e Vanessa. Papo vai, papo vem, e pouco antes do show começar, adivinha o que passa no telão? Isso mesmo, aquele meu vídeo da promoção, no qual eu falo “que acham todas as dancinhas do kid FOFA”... Mico total, maior queimação de filme, mas como todo fã bobo, gostei de fazer parte, mesmo que de forma pequena, desse show tão importante na carreira do Kid. O show foi completamente perfeito e maravilhoso, mas como evito falar dos shows nesses meus textos sobre viagens, prefiro deixar meus relatos sobre ele para outra oportunidade.
Depois doshow, tiramos uma foto histórica em frente ao CitiBank. Aline e eu ficamos indecisas sem saber se iríamos embora ou se faríamos algo com o resto do pessoal, meia hora depois decidimos que iríamos para casa, sorte a nossa que ainda encontramos Tia Penha e Vanessa na fila do estacionamento, e então pegamos uma carona até o centro do Rio, onde de táxi fomos até Icaraí. Para não perder o costume, o motorista do táxi era sem noção e pouco provido de inteligência, ou melhor, ele era bem metido a espertinho, pois quis andar mais pra lucrar as nossas custas. Para não dar este gostinho a ele, resolvemos que saltaríamos do táxi e voltaríamos a pé até o apartamento da Rá, eram apenas uns 200 metros, mas ele queria andar meio Niterói para voltar... Enfim, descemos eu, Aline e sua mala. Chegamos em casa e mal conseguíamos dormir, devido à euforia do show que ainda estávamos sentindo.


29/04 – Itacoatiara e Piratininga
Acordamos, Rá e Aline se viram, Paula foi apresentada formalmente a Aline. Tomamos café, que preciso comentar... foi preparado com muito carinho pela Rá, e decidimos que à tarde conheceríamos as praias de Niterói, que por sinal são lindas. Raíssa combinou com sua amiga Lorena de irmos até elas de carro. Conhecemos Itacoatiara e Piratininga, praias bem diferentes das Praias do Rio, com paisagens belíssimas, verdadeiras maravilhas da natureza.
À noite saímos para jantar, fomos ao Confraria. Lá, em meio a drinks, fiz o que faço de melhor...entrevistei minhas amigas com perguntas a la Laura Muller! =P

30/04 – Chuva, Campo de São Bento e Outback
O dia amanheceu feio e chuvoso. (Em frente ao Chinês - aquele que quase levou a Rá a óbito - vi uma pichação, que achei bastante interessante, no muro.) Fomos pela manhã dar uma volta no Campo de São Bento, e o achei bastante bonito mesmo com a chuva (é incrível como lá eu só lembro da Livinha contando que caiu de Roller, por causa do peso da mochila, huahuaua nada a ver, mas eu sempre me racho de rir imaginando a cena).

Após a visita, eu estava, pra variar, morrendo de fome e precisei comprar um salgadinho para me segurar, já que iríamos comer no Outback, que fica no Plaza. Assim que descemos do ônibus, São Pedro mandou água a rodo, e graças a um sinal que fechou antes que pudéssemos passar, ficamos completamente ensopadas, menos a espertinha da Paula, que foi mais rápida que o sinal. Almoçamos, e eu enchi a barriga de refri, já que é refil, pois pobre é pobre onde quer que esteja. UHhauhua... Ainda embaixo d’água voltamos para casa, e Aline já tinha que partir. Desta vez, nem teve “beiçolinha”, até porque o caos reinava, devido à tempestade.
Depois que Aline foi embora, fomos até a Locadora (fato que eu tinha jurado que não aconteceria) e locamos dois filmes: Amor e outra drogas e Comer, Rezar e Amar... Após assistir ao último deles, eu conclui que mudaria minha vida, estava decidida a isso. Porém hoje não lembro o que eu faria, o fato é que chorei, achei tudo lindo e o filme me tocou de alguma forma. Fomos dormir.

01/05 – The Terminal
Já assistiram àquele filme The Terminal? Pois é, me senti o próprio Viktor Navorski, só que dentro do T Santos Dumont , meu avião atrasou, pasmem ... atrasou OITO horas. E nesse tempo foi o maior vai-e-vem e troca de portões, não satisfeitos nos mandaram até para o Galeão e no meio do caminho nos fizeram voltar, pois nosso avião havia finalmente pousado. Enfim embarquei, e consegui chegar a Floripa em tempo de pegar o último ônibus até Alfredo.
Bordões da viagem:
Não é mesmo minha gente?
É verdade (com a voz do bichinho)
Foi uma viagem curtinha, mas, como não poderia deixar de ser, foi maravilhosa, revi gente que não via há tempos, pude matar a saudade de meus sempre queridos amigos e, além disso, conhecer melhor a Paula, que se tornou minha companheira de todos os dias pela manhã e compartilha comigo momentos de tédio, de TPM e me aflora semanalmente a vontade de conhecer NY. 

Carol Pereira

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