Alfredo Wagner conta com um candidato a Santo

Segundo relatos da região, conta-se que o longínquo ano de 1893, um grupo de soldados, fugidos da Revolução Federalista, atravessou a pé nossa região, certamente com destino a Lages. Porém o inverno fez daquela viagem um inferno: tempestades, neve, fome, falta de abrigo e caminhos incertos foram algumas das dificuldades encontradas por eles.
Infelizmente na escuridão de uma das noites, cruzando a frígida Chapada das Demoras, um deles, debilitado e doente, perdeu-se do grupo, sendo encontrado morto no dia seguinte.       Ali mesmo no local, sob um grosso pinheiro, os colegas o sepultaram.
Com o passar do tempo e aumento do tráfego de tropeiros por aquela região, a simples cruzinha colada no local, passou a ser referência para os viajantes, que paravam, acendiam avelas, rezavam pela alma do desconhecido e pediam-lhe graças. Criou-se então certa devoção àquele jazigo, principalmente quando o novo dono daquelas terras, desinformado, ateou fogo na mata, queimando toda a vegetação. De maneira inexplicável, a cruz de madeira resistiu as chamas.
Construiu-se. Dessa forma, na década de 1950, no local, um túmulo até hoje muito visitado. O lugar passou a ser um centro de peregrinação de romeiros que garantem ter alcançado graças do Soldado Desconhecido. Comprovando assim seus milagres.

Postar um comentário

2 Comentários

  1. quando era criança fui muitas vezes lá. Era muito cansativo ir a pé, mas muito divertido também! passávamos o dia, fazíamos piquenique, visitávamos o túmulo do soldadinho... Inclusive era passeio de escola, pois era muito importante conhecer esta história!

    ResponderExcluir
  2. Eu estava lá morei lá até os 17 anos

    ResponderExcluir